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asa de papel com chá

Apago as estrelas, já tão amarrotadas pelo traço da ilusão e no caminho da solidão, visto um pijama céu de jasmim. A minha vida é um desenho diluído em chá. Bebes? 

31.5.05

01:21 - Sei lá!

Afago-me com o fumo do cigarro e delicio-me com a companhia do casaco. Pedem-me gentilmente a cadeira, tiram-me abruptamente a chávena do café tão sem sabor e perguntam-me por um tal de isqueiro. Sei lá!
nb

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25.5.05

01:19 - Agripina Roxo na 365, uma deambulação erótica

Não me façam corar... é apenas um texto.
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...

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24.5.05

13:16 - Ao que sabem os seus pés

Ela perguntou-lhe a cor dos seus pés.
Ele respondeu silenciosamente que eram da cor da pedra.
Ela percebeu e sorriu.
Ela gostava de andar descalça, de esfolar os pés e de os gastar, gostava de tocar o chão rugoso com as suas palmas e de sentir o caminho de uma outra forma, muito avessa.
Ela gostava de pés que se podiam usar, vestir e calçar, disse-lhe depois de o seu silêncio terminar.
Ele respingou que os seus pés sabiam a mar e podiam ser bebidos como água fresca. Que os seus pés tinham asas escondidas e segredos doridos.
Ela apaixonou-se.
mm

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20.5.05

18:28 - Deixas-me pôr em bicos de pés?

Joan Miró. Danseuse, 1925.


Como se toca? Como se chega? Onde estás? Deixas-me pôr em bicos de pés? Queria tocar-te e tornear-te, queria chegar a ti que és tão grande em mim. Preciso de te encontrar, de saborear o ínfimo de ti, de permanecer opaca nos teus recantos e sonâmbula no teu peito. Conhecer-te, reconhecer de cor o traço composto da tua pessoa desengonçada :) És tão bonito... Deixas-me pôr em bicos de pés? Queria conhecer-te por dentro de mim.
jcgj

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19.5.05

02:07 - Era um quarto, um quarto quase vazio

Henri Matisse. Red Fish and a Sculpture. 1911.
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Era um quarto, um quarto quase vazio, não fosse a presença adormecida dos amantes, não fosse o peixe que freneticamente rodopiando lembrava o amor. Havia nesse quarto um ténue reflexo da luz que se respirava e que a janela transpirava. Havia alcatifa, papel de parede, um candeeiro. Havia cheiros e aromas, fragrâncias tamanhas. Era um quarto quase vazio, não fosse a presença adormecida dos amantes que como borboletas, no segredo um do outro tinham pousado. Não falavam, não cantavam, não respiravam. Amimavam. Ele, cobria-lhe as costas com o seu peito desconcertante de amora madura e vestia-lhe os seios com as suas aveludadas mãos. Os seus pés eram adocicados e os seus olhos alilazados, tão imagináveis como o tamanho dos seus sonhos. Ela, murmurava os beijos que nos sonhos esquecidos sussurrava. A sua pele era de um imenso transparente onde ele se perdia e de um profundo rosáceo que tocava o céu. Era a sua pele, que tão ardilosamente, como que em segredo o pedia e continuamente o suplicava. (...)
k

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18.5.05

00:23 - Seguravas com a boca uma maçã

Seguravas com a boca uma maçã enquanto as mãos aflitas te vestiam o casaco. É esta a imagem que eu guardo de ti. A pressa, os passos assustados e os olhos pequeninos que riam sem esforço. São tudo memórias de um toque que se diluiu em chá com mel ou de uma voz que ainda sussurra no ouvido. São tudo imagens do que nunca foi. Gostas de chá? Diz-me só se gostas de chá, eu queria... queria saber ao que sabem os teus olhos.
i

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17.5.05

02:38 - Sou uma rua

A vida percorre-me de medos. Percorre-me... Gasta-me os paralelos, entope-me as sarjetas, suja-me de lixo que ninguém vê e só eu sinto. Sou uma rua. Uma rua velha, dura, nua e crua. Quantas vezes usei eu, o dura, nua e crua?! Estou a ficar velha, repetitiva, cansada. Tremo! Tenho Alzheimer. Talvez Parkinson. Sou uma rua velha e suja que também treme. Um dia, quando já não for velha, contrato um advogado, abro um processo contra a vida e torno-me velha outra vez, outra vez com o sorriso que não me dão. Estou cansada. A vida percorre-me de medos. Gasta-me os paralelos, entope-me as sarjetas, suja-me de lixo que ninguém vê e só eu sinto. Sou uma rua. Uma rua velha, dura, nua e crua.
Estou velha...

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16.5.05

21:20 - Pássaro quieto

Waldomiro de Deus. O Pássaro do Céu Azul

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15.5.05

12:17 - Fome de gaivotas

Escrevo sem pensar, não quero pensar. Quero sair de mim e talvez quem sabe evaporar. Tornar-me gasosa e confundir-me no pó e com o pó da cidade poluída. Não. Não escrevi isto antes. Escrevi parecido porque hoje não sou apenas eu, porque hoje sou o que já fui. Queria saber o que escrever. Queria saber escrever ou então não saber nada. Se eu não soubesse nada jamais poderia ser responsabilizada por coisa alguma. Hoje já não está sol e as gaivotas voltaram para comer as pombas infestadas de fumo. Voltaram para não me adormecer... Tenho fome, a fome é um sentir angustiante, uma vontade que raramente se sacia. Tenho fome... fome de gaivotas, fome de escrever.
j

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