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asa de papel com chá

Apago as estrelas, já tão amarrotadas pelo traço da ilusão e no caminho da solidão, visto um pijama céu de jasmim. A minha vida é um desenho diluído em chá. Bebes? 

30.11.05

01:13 - E a solidão... Sempre!

Paul Gauguin. Breton Eve. 1889.


Vagueio e vagabundeio-me, sem razão nem sorriso. Deixo-me perturbar pelos zunidos da solidão, ecos de fantasmas doces que me perturbam a alma, ecos de um ti ainda vivo. Limito-me a respirar, angustiada, exasperada. E a solidão... Sempre! Traz-me notícias tuas, eu sei, por isso tapo os ouvidos, por isso escondo-me por entre entranhas de mim, por isso não te reconheço as cores nem as caras, demasiado confusas, demasiado escuras. Por isso adormeço-me triste, desfeita em lágrimas-sonho, desfeita em azul salgado. Por isso já não sou, não existo. Perco-me na penumbra dos sentidos e tapo só os ouvidos. Estou tão cansada, meu amor, tão cansada...

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25.11.05

00:07 - Dá-me todo o teu mar meu amor

The Collective Invention. René Magritte. 1933.
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Deixa-me trepar por ti acima. Deixa que as minhas mãos se pendurem no teu pescoço e que os meus braços te agarrem com força de encontro a mim. Deixa que os meus lábios se colem aos teus, como ventosas tontas e desesperadas e que a minha boca te sugue o sangue e o sexo, a seiva ácida que o percorre. Deixa que o meu respirar seja o teu e que os nossos corpos húmidos não sejam mais do que suspiros e gemidos rasgados no calor do instante. Deixa que o odor mesclado que nos impregna se propague por todo o vazio numa viagem alucinante de estrelas e planetas, de luas e girassóis. Deixa-me viver. Dá-me todo o teu mar meu amor e deixa-me viver.

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20.11.05

12:19 - Aquele desenho que me ofereceste

Beach Girl. Morris Hirshfield.


Lembras-te daquele desenho? Aquele que me ofereceste? Rasguei-o. Mandei fazer cópias, uma por cada dia em que fomos um e passei dias a rasgá-las. Uma a uma, como se fosse a ti, uma a uma, como se fossem essas as páginas da nossa história. Quando terminei, visivelmente mais calma, visivelmente atulhada em papelinhos de riscas imperceptíveis, apercebi-me que ainda faltava o original.
Achas mesmo que o rasguei?! Nunca teria sido capaz. Fiz uma moldura e pendurei-o na parede, só para o ver, só para te poder tocar.
Tu sabes que é amor, não sabes?!

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16.11.05

22:10 - As manhãs acordam-me cinzentas

Pablo Picasso. Nu couché. 1955
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Os dias sem cor assolam-me o respirar e sufocada deixo-me invadir pelo negrume das manhãs que se instala e se propaga num corpo que azeda e se renega. Num corpo de feridas e bolor.
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Uma aqui, outra ali, outra mais acima. Um ventre, um sexo e um seio. Uma lagarta pelo braço, muitas pelas pernas, até à boca bolorenta. Sangue e terra, um rebentamento bomba no coração. Uma mosca. Muitas que se me comem. Um zunido infernal, um cheiro pestilento. Um roedor que se aninha.
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Sou dos bichos e dos abutres.
Faço amor até ao fim e apodrecida, morro sem asas.

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13.11.05

00:13 - Uma carta para a mulher balão

The loomer. Maggie Taylor. 2000.


Pinto um sorriso num sonho e esboço nele o teu corpo, redondo, muito redondo. Nunca te disse mas tu pareces a lua quando a vejo da minha janela. Nunca te disse mas tu apareces sempre em forma de balão nos meus sonhos, um balão rosado como as tuas bochechas que sabem a mel. Um balão grande, muito grande, para eu poder caber lá dentro. Nunca te disse mas eu quero voar para longe nos teus braços.
Queres namorar comigo? Responde por favor.

Assinado: Homem balão

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6.11.05

01:45 - E quando me perco em ti, uma convulsão.

Yellow moonbird. Joan Miró. 1963
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