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asa de papel com chá

Apago as estrelas, já tão amarrotadas pelo traço da ilusão e no caminho da solidão, visto um pijama céu de jasmim. A minha vida é um desenho diluído em chá. Bebes? 

12.9.06

00:21 - Vou andar sempre em biquinhos de pés, prometo.

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Molly Gunther. highrisefrom the way things work.


Tenho alegria por todo o corpo. Alergia também, mas é a alegria que mais se percebe ao longe. Estou a comer um bocadinho do teu chocolate e sabe-me pela vida. Eu acho que é por ser teu. Queria pedir-te desculpa por não saber como gostar de ti, ou como te respirar... mas queria também dizer-te, que é bonito não saber, porque essa é a maneira mais genuína de te amar. Porque assim, é ser toda eu em ti; a tropeçar, a cambalear, a correr, a atropelar, mas toda eu em ti. E depois, tu sabes que eu não sei andar. Tu sabes muitas coisas, sabes que a janela é feita de vento e que um dia podemos voar. Sabes, o amor é também ser “trôpega” em ti e sorrires comigo e juntos tocarmos as estrelas do nosso céu. Sabes, preciso de um pouco mais de tempo, para digerir o meu eu desencontrado, perdido do teu... Dome bem meu amor. Não te preocupes. Tu és muito grande e tocas o céu. Eu sou pequenina mas hei-de lá chegar e prometo que enquanto não ganhar as asas de que preciso, vou andar sempre em biquinhos de pés. Prometo meu amor. Prometo.

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7.9.06

00:21 - Sinto-me sempre perseguida pelo silêncio dos meus passos

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Jeonghyun Lee. Queens, New York. 2006.


Hoje ando descalça pela casa, de cigarro na mão e cabelo apanhado. Tenho vestidas as calças de há 30 anos e a camisola tão coçada que me ofereceste nos anos. É engraçado como o tempo passa de forma tão diferente pelo que trazemos vestido ou pelas memórias que guardamos.

O Luís já não mora comigo. Decidiu que precisava do seu espaço. Vem todos os sábados e traz o cesto da roupa suja. Torna a passar às quartas, umas vezes para jantar, outras só para levar a roupa passada a ferro.

Hoje fui ao quarto dele. Sinto saudades da sua companhia. Abri as gavetas e encontrei ainda os cromos que o pai lhe comprava, recados de meninas apaixonadas, ou as meias às riscas que ele sempre detestou.

Eu gostava que ele casasse. Não me importava nada de ter netos. Acho até que me iam rejuvenescer. Sinto-me sempre muito inútil aqui sozinha. E depois esta casa começa a cheirar a mofo. Nas paredes respira-se uma solidão oca, e ao longo do corredor sinto-me sempre perseguida pelo silêncio dos meus passos. Sabes, tenho medo.

Hoje fiz uma tarte de maçã. Uma receita muito simples. Partes as maçãs aos gomos e bates os ovos. Acrescentas leite e açúcar e depois levas ao forno. Fica uma delícia. A massa podes comprar pronta, como quase tudo hoje em dia. Resta-me esperar pelo dia em que a esperança se possa também comprar num qualquer supermercado e com ela a alegria de viver.

- Sim, já vou! - Tenho de ir. A vizinha está a chamar por mim. Como de costume, devia ter deixado cair alguma peça de roupa na minha varanda e aposto que fez de propósito. Deve estar a contar com a minha tarte para o almoço. Era só o que fazia falta! - Já vou! Tenha calma!

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