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asa de papel com chá

Apago as estrelas, já tão amarrotadas pelo traço da ilusão e no caminho da solidão, visto um pijama céu de jasmim. A minha vida é um desenho diluído em chá. Bebes? 

22.10.06

23:54 - Sou das papoilas

617

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......Mél Ancholy. Roter Mohn. 2006

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4.10.06

12:58 - Sobra a imagem da sua boca ou a do seu corpo contorcendo-se no dela

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.mario O. haiku. 2006.
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Ela soube de imediato que era ele. - Abre! Abre! Por favor, abre. Preciso de ti.

Ele subiu as escadas. Subiu com o coração impaciente, subiu com o corpo a transpirar saudade. - Meu amor. Meu amor. Agarrou-a sofregamente. Beijou-lhe as mãos, os pés, o ventre. Beijou-lhe a língua mil vezes e mil vezes lhe beijou a língua.
- Meu amor. Meu amor. Preciso tanto de ti.

As suas mãos passeavam avidamente os seios; cheios, redondos. As suas mãos contornavam avidamente as curvas, avidamente as contracurvas daquele corpo inerte, daquele corpo apático. As suas mãos penetravam o seu mais eu, quente, húmido, orvalhado. - Amo-te tanto - dizia-lhe. E desconcertado, apaixonado repetia compulsivamente – Amo-te tanto. Ela permanecia calada. Ela permanecia muito firme. Surda, muda, talvez até cega, entregue aquele corpo que se volteava e torneava em torno do dela.

Não sabemos se ela gosta dele. Não sabemos quem ele é. Não sabemos porque é que ela
sempre lhe abre a porta. Não sabemos porque é que ele sempre se vai embora.

Ele diz-lhe que ela cheira a jasmim. – Cheiras a jasmim. Ela sorri. Foi o seu primeiro sorriso. E aquele corpo imenso sobre as suas costas, e aquele corpo imenso sobre o seu ventre e aquele corpo imenso comprimindo-a de encontro ao edredão, de encontro à parede, de encontro ao chão, sujo e gasto. E aquele corpo.

Os beijos eram desmedidos, os abraços inumeráveis. Ele tomou-a. Ela não reagiu. Ela não gemeu. Ela não sorriu. Não se consegue perceber se ela gosta dele. Nãos se consegue perceber, até ao momento, até ao momento em que ela lhe diz que o ama. – Amo-te tanto. Diz muito baixo. Ele não ouve. Ele não ouve nada. Só consegue amá-la. Amá-la uma vez mais e mais uma e mais uma, amá-la infinitamente.

Extenuado adormece. Ela abre os olhos. Azuis. São de um azul muito azul. Dizem que ela guarda o mar dentro deles, dizem que ela conhece os seus segredos. Dizem que ela é uma sereia, e que os seus cabelos entoam vozes de ondas adormecidas. Dizem que ela não existe. Que é um sonho de um homem só. Mas dizem tanta coisa que não conseguimos perceber a cor da pele ou o sabor do sexo. Dizem só.

Ele acaricia-lhe o cabelo, beija-lhe a testa. Ela segura o seu sexo, ainda erecto. Segura-o muito. É assim que ela gosta de o sentir. É assim que precisa dele. Ele diz-lhe que não consegue viver sem ela. Ele pede-lhe perdão. Diz que a ama. Diz que a quer para sempre. Ela não diz nada. Escorrega pelos lençóis adentro de encontro ao calor, ao cheiro, ao sabor do seu sexo. Do sexo dele. Quente. Erecto. E o sexo dele entra-lhe pela boca adentro. E o sexo dele é ela, só ela, em toda a sua plenitude. Ela.
Ele grita: Amo-te! Amo-te ! Amo-te! E ela veste-se dele, novamente. E novamente ele faz parte de si. Todo de si. Ela está diferente. Ela é diferente. Ele está cansado. Só consegue dizer que a ama.
Ela geme. Ele também. Ela cai sobre o seu peito. Sente o calor dos seus músculos adormecidos. Bate-lhe! Bate-lhe com muita força. Descontroladamente. Chama-lhe nomes. Insulta-o. - Estúpido! Estúpido! E começa a chorar. A chorar compulsivamente. A chorar descontroladamente.
Ele segura os seus braços. Segura-os com muita força. Prende-a de encontro a si. Diz-lhe para ter calma. Diz-lhe que nunca mais se vai embora. Diz-lhe que fica para sempre. Diz-lhe que é dela. – Sou teu. Teu. Teu. E ela adormece. Adormece a chorar. Adormece.

De manhã ele não está. Sobra a imagem da sua boca ou a do seu corpo contorcendo-se no dela. Ele não está e ela sempre soube que não estaria.
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