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asa de papel com chá

Apago as estrelas, já tão amarrotadas pelo traço da ilusão e no caminho da solidão, visto um pijama céu de jasmim. A minha vida é um desenho diluído em chá. Bebes? 

27.1.07

19:53 - Os peixes sabem dançar e as palavras ensinam música

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.b.berenika. my room. 2006........

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Não sei dançar. Tenho peixes no meu quarto. A cara quebrada pelo frio e as mãos rugosas gastas pelos outros. Há muito tempo que queria escrever.Preciso de dançar e eu danço nas palavras. Os peixes também dançam. Dançam comigo uma dança torta entre paredes e palavras.

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Eu já fui um peixe (um peixe sobre o teu corpo) e já fui um sapo, agora não sou nada, vivo na ausência de todas as coisas. Um vazio acompanha-me o sono, e do sonho pálido costumam nascer jardins sem cor.

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O que importa são os peixes. Todos os peixes do mundo. Dos rios, dos lagos e dos mares. Das barragens e das albufeiras. O que importa mesmo são os peixes. O vazio também me preocupa mas tenho de comer. Há agriões. Apetece-me uma salada com tomate cherry e ananás. O ananás combina com tudo e os peixes não se importam.

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Eu já gostei de um contrabaixo que era peixes, e abraça-lo era perder-me em mim.
Mas era um amor impossível. Não percebia a cor das cordas ou o ressoar da alma. Nem sei se a alma ressoava, mas sei que os contrabaixos têm alma. Sei que os contrabaixos são apaixonados e ganham asas nos dedos. Eu nunca percebi muito bem o que ele me dizia. O meu dicionário eram as palavras, mas ele falava-me sempre em música, e eu não percebia. Eu nunca percebia nada.

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Acho que tenho fome. Acho que os meus peixes sabem dançar e que as palavras me ensinam música. Acho que fizeste bem em fugir. Sobram-me os peixes que sabem dançar. Acho que sabem e acho também que tenho fome. Fizeste bem.

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20.1.07

02:17 - Levaste os pés, deixaste as mãos. Primeiro o chá.

mario O. Its late in the day for Love. 2006



Bebo primeiro o chá. Primeiro o chá. Caramelo. Baunilha.

Quero abrir os olhos. Ouvir o barulho das formigas voadoras sob os meus cabelos, ou sob os meus chinelos desvairados. Abro os olhos. Dispo-me. A camisola. As calças. As meias. E peça sobre peça, até enudecer a alma e envergonhar os ossos.

A água corre, ainda morna, ainda opaca, ainda doce num ainda banho, ainda eu.
Sentei-me cansada. Pousei o braço e aninhei o cotovelo de encontro à almofada. À almofada roxo vadia. Recompus-me, recompus-me de um ainda banho, ainda eu.

Escondi-me. Escondo-me muitas vezes.
Procuro-me, encontro-me, perco-me. Escondo-me muitas vezes. Esfolo-me, esfalfo-me até gastar. E gasto-me, gasto-me muito. Gasto o ainda eu, ainda vadio, ainda arroxeado. E escondo-me. Escondo-o muitas vezes.

Primeiro o chá. Eu disse que era primeiro o chá. Abro a porta. Sim. Abro a porta. Fecho a porta. Abro a porta. Fecho a porta. Eu disse que era primeiro o chá.

Estendo-me. Contorço-me na cama. Encolho-me e permaneço-me. Permaneço-me ainda ausente, ainda doce, ainda opaca. Morna num ainda banho, ainda eu.

Seguras-me a mão, percebes-me os cabelos, percebes-me o corpo, seguras-me a alma, prendes-me o cabelo, soltas-me o corpo e num suspiro vazio enleias-te nas minhas pernas. Num suspiro vazio respiras-me os ossos doridos, bebes-me a carne acesa e degolas-me os dentes. Num suspiro vazio, apodreces-me os cabelos, apodreces-me o corpo, roubas-me as mãos, foges sem pés. Percebes-me os cabelos, prendes-me o corpo, soltas-me as dores. E num suspiro vazio respiras-me a vergonha. Percebes-me, prendes-me, soltas-me. Apodreces-me. E num suspiro vazio.

Primeiro o chá, depois a formiga voadora, ainda o banho, ainda eu, ainda o teu corpo sobre o meu. Enleias-te nos meus ossos cansados, bebes a carne acesa e degolas-me os dentes. Primeiro o chá. Bebo primeiro o chá. Depois a bomba. Por fim a bomba, a formiga voadora e um orgasmo sem ti. Levaste os pés, deixaste as mãos. Primeiro o chá.



Um carro bomba explodiu no aeroporto de Madrid. De acordo como uma rádio espanhola, a ETA já reivindicou a autoria do atentado. O carro-bomba que explodiu em Bagdad foi deflagrado por controlo remoto. A explosão da furgoneta-bomba que ocorreu às nove da manhã, matou pelo menos dez pessoas e feriu outras 15. Dois atentados à bomba fizeram mais de sete vítimas. Japão poderá ter bomba atómica dentro de três a cinco anos. Uma bomba rebentou mesmo por baixo do banco do condutor. Pelo menos 52 iraquianos morreram hoje na sequência de três ataques à bomba. Foi encontrada uma bomba preparada para explodir em Grozni antes do Ano Novo. O Irão poderá dispor da primeira bomba atómica dentro de três, ou quatro anos. 19 feridos e 2 desaparecidos.



Levaste os pés, deixaste as mãos. Primeiro o chá.

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