Agripina Roxo. Árvore do sono. 2005.
Sentia uma vontade enorme de o tocar, uma vontade incontrolável de lhe beijar os beijos lentos, de se vestir com o seu odor perfumado a sonho e pintar-se com o seu azul moreno. De ser dele, de voltar a casa e sorrir, dizer Cheguei meu amor. Mas não podia, não podia amá-lo. Mais não, nunca mais e continha-se e continha-se ainda mais.
Pensou nele o dia todo até o encontrar num café qualquer, até lhe dizer com música no olhar – Estás aqui?! Pensei em ti, pensei em ligar-te. Estás bem? Estás sozinho? Pensou nele o dia todo até o encontrar num café qualquer, até ele lhe balbuciar com a suavidade do vento que o metro lhe tinha cheirado a ela, que ela estava bonita, que ela era bonita. Até ele lhe dizer com a suavidade do vento que tinha pressa e lhe ter dado um abraço e um beijo e mais um.
Ela ficou a pensá-lo ainda mais. Ficou com saudade. Saudade de um calor que sabia a amoras doces, saudade da alegria dos olhos grandes que lhe embalava os gestos e lhe sussurrava segredos. Saudade de o amar e de lhe Ser com o corpo e o sangue. Saudade…
Quis então ligar-lhe novamente, novamente com mais força. Queria muito pedi-lo. Queria muito saboreá-lo, bebê-lo. Queria muito sorvê-lo, sorver toda a paixão que teimou em não morrer, em não adoecer. Quis então ligar-lhe novamente, novamente com mais força. Queria muito a sua voz a percorrer-lhe o corpo, queria-o muito, queria-o tão simplesmente como um barco ao vento. (...)
Ela pensava nele. Pensava em como o seu sorriso a enchia de ternura, em como os seus braços grandes a adoravam, em como precisava da sua pele. Ela pensava nele. Pensava em telefonar-lhe, em pedi-lo. Ela pensava nele e continha-se.
Sentia uma vontade enorme de o tocar, uma vontade incontrolável de lhe beijar os beijos lentos, de se vestir com o seu odor perfumado a sonho e pintar-se com o seu azul moreno. De ser dele, de voltar a casa e sorrir, dizer Cheguei meu amor. Mas não podia, não podia amá-lo. Mais não, nunca mais e continha-se e continha-se ainda mais.
Pensou nele o dia todo até o encontrar num café qualquer, até lhe dizer com música no olhar – Estás aqui?! Pensei em ti, pensei em ligar-te. Estás bem? Estás sozinho? Pensou nele o dia todo até o encontrar num café qualquer, até ele lhe balbuciar com a suavidade do vento que o metro lhe tinha cheirado a ela, que ela estava bonita, que ela era bonita. Até ele lhe dizer com a suavidade do vento que tinha pressa e lhe ter dado um abraço e um beijo e mais um.
Ela ficou a pensá-lo ainda mais. Ficou com saudade. Saudade de um calor que sabia a amoras doces, saudade da alegria dos olhos grandes que lhe embalava os gestos e lhe sussurrava segredos. Saudade de o amar e de lhe Ser com o corpo e o sangue. Saudade…
Quis então ligar-lhe novamente, novamente com mais força. Queria muito pedi-lo. Queria muito saboreá-lo, bebê-lo. Queria muito sorvê-lo, sorver toda a paixão que teimou em não morrer, em não adoecer. Quis então ligar-lhe novamente, novamente com mais força. Queria muito a sua voz a percorrer-lhe o corpo, queria-o muito, queria-o tão simplesmente como um barco ao vento. (...)
Que bonito isto que tu escreveste...fazes-me sonhar :-)
também a mim me faz sonhar; e venho de ler outros posts anteriores e gostei mesmo. seguirei á procura. obrigado.