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asa de papel com chá

Apago as estrelas, já tão amarrotadas pelo traço da ilusão e no caminho da solidão, visto um pijama céu de jasmim. A minha vida é um desenho diluído em chá. Bebes? 

23.3.06

00:52 - E poder arder, arder, arder...

walk. James Lavadour.2005.
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Quero ser o fogo das tuas mãos, o abraço escondido dos teus dedos. Ser o traço convulso do teu sonho, e desenhar pés e asas, e ser papel. E poder arder, e poder ser um pouco mais de fumo, um pouco mais de ti. E poder ser, um pouco mais de mim. Deixar-me consumir nas labaredas da tua língua, consumar pelo sal do teu sabor. Deixar-me… e ser um pedaço de céu a engolir-me o medo de incendiar.

Medo Dedo Cedo Ledo Fedo Medo Dedo Cedo Ledo Fedo Medo Dedo Cedo Ledo Fedo

E deixar-me ser o fogo das tuas mãos, o abraço escondido dos teus dedos. O traço convulso de um amanhã, de um beijo pintado a céu, do azul do teu sobrolho. E talvez ter pés e asas e ser papel. E poder arder, arder, arder…

Medo Dedo Cedo Ledo Fedo Medo Dedo Cedo Ledo Fedo Medo Dedo Cedo Ledo Fedo E poder arder...

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15.3.06

22:23 - Mãe, vem adormecer-me

Joe Sorren. In Her Silent Way.
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Sinto uma dor interminável. Não sei onde começa ou onde acaba. Não há espaço para chorar. Vivo a correr, a correr de mim para mim num ciclo vicioso de espera e fuga. Estou triste. Agacho-me, encolho-me na minha solidão. Dói-me o corpo todo, uma convulsão de sentidos quebra-me os membros. Como viver este mundo? Queria desaparecer para dentro da minha mãe. Queria ainda não existir. Mãe! Vem adormecer-me. Diz-me baixinho que gostas de mim
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6.3.06

22:44 - Olha, está aqui um passarinho!



Parroting. Tina Turner.
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- Queres sopa?
- Não.
- Porque é que tu nunca comes?
- Porque não me apetece.
- Mas devias comer.
- Eu sei.
- Toma ao menos um anti gripal.
- Já te disse mil vezes que não tomo medicamentos.
- Pronto. Está bem. E um beijinho, queres um beijinho?
- Huuummmm… não sei…
- O quê?!
- Claro que quero. Muitos, muitos, muitos.


- Vá, vou trazer-te um caldinho e depois vemos juntos a telenovela. Hoje a Maria vai finalmente descobrir quem é o traste do marido.
- Pois, e o António vai dizer ao Sebastião que são irmãos.
- Não. Isso ainda não é hoje.
- Achas?!
- Claro. Não vês que o Sebastião hoje vai ser atropelado. E o António vai visitá-lo ao hospital mas não tem coragem de lhe contar.
- Como é que sabes isso tudo?
- Estava na revista.
- Ah, já me esquecia que tu lias essas coisas.
- Ora vê lá. Até parece que tu não lês.
- Pronto, não te chateies. Dá cá, mas é, mais um beijinho e vai lá buscar a sopinha. Bem quentinha!
- Pois, pois. Tu sabes é muito.
- O que é que disseste?
- Nada.


- Anda rápido! Já está a dar!
- Já vou homem! Tem calma que isso ainda é o de ontem.
- Vá senta-te aqui bem ao pé de mim.
- É só mimo, só mimo…

- És tão bonita.
- Não querias ver a telenovela?!
- És linda.
- Ai!
- Adoro esse teu narizinho arrebitado, e essa boquinha pequenina que faz biquinho quando amua.
- Oh…
- E essas bochechinhas que dá vontade de trincar.
- Eu também gosto muito da tua barriga. Agora cala-te e deixa-me ver.
- Até aprece que estou gordo.
- E não estás?
- Não. Se estou, tu também estás.
- Não estavas doente?!
- Estava.
- Ãn... Já te passou foi?
- Não!
- Então pronto. Deixa-me ver e está calado.


- Olha, está aqui um passarinho!
- Um passarinho?! Aonde?
- No teu ombro.
- Tu preocupas-me! Vais já tomar um Ilvico e não se fala mais nisso.
- Mas… era um passarinho…

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