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Ela pensava nele, em como o seu sorriso a enchia de ternura, em como os seus braços grandes a adoravam, em como a sua pele precisava do seu cheiro. Pensava nele, em telefonar-lhe, em desejar-lhe um bom Natal. Pensava nele e continha-se e continha-se ainda mais e tornava-se a conter. Sentiu vontade de o tocar, vontade de lhe beijar os beijos lentos, de se vestir com o seu odor perfumado a sonho e pintar-se com o seu moreno. Vontade de ser dele, vontade de voltar a casa e sorrir. Dizer – Cheguei meu amor – aquecer-se à lareira e comer nozes – Cheguei meu amor. Mas não podia, não podia amá-lo. Mais não, nunca mais e continha-se e continha-se ainda mais e tornava-se a conter.
Pensou nele o dia todo até o encontrar num café qualquer, até lhe dizer com música no olhar – Estás aqui?! Pensei em ti, pensei em ligar-te. Estás bem? Estás sozinho?
Pensou nele o dia todo até o encontrar num café qualquer, até ele lhe balbuciar com a suavidade do vento que o metro lhe tinha cheirado a ela, que ela estava bonita, que ela era bonita. Até ele lhe dizer com a suavidade do vento que tinha pressa e lhe ter dado um abraço e um beijo e mais um.
Ela ficou-o a pensar ainda mais. Ficou com saudade. Saudade do calor que sabia a amoras doces, saudade da alegria dos olhos grandes que lhe embalavam os gestos e lhe sussurravam segredos. Saudade de o amar e de lhe Ser com o corpo e o sangue. Saudade…
Ela quis então ligar-lhe, queria muito pedi-lo. Queria saborear, beber, sorver toda a paixão que teimou em não morrer, em não adoecer. Ela quis então ligar-lhe, mas conteve-se, e conteve-se ainda mais e tornou-se a conter. Ela queria a sua voz a percorrer-lhe o corpo, queria-o tão simplesmente, tão simplesmente como um barco ao vento.
Ela queria… ela sempre quis.
Pensou nele o dia todo até o encontrar num café qualquer, até lhe dizer com música no olhar – Estás aqui?! Pensei em ti, pensei em ligar-te. Estás bem? Estás sozinho?
Pensou nele o dia todo até o encontrar num café qualquer, até ele lhe balbuciar com a suavidade do vento que o metro lhe tinha cheirado a ela, que ela estava bonita, que ela era bonita. Até ele lhe dizer com a suavidade do vento que tinha pressa e lhe ter dado um abraço e um beijo e mais um.
Ela ficou-o a pensar ainda mais. Ficou com saudade. Saudade do calor que sabia a amoras doces, saudade da alegria dos olhos grandes que lhe embalavam os gestos e lhe sussurravam segredos. Saudade de o amar e de lhe Ser com o corpo e o sangue. Saudade…
Ela quis então ligar-lhe, queria muito pedi-lo. Queria saborear, beber, sorver toda a paixão que teimou em não morrer, em não adoecer. Ela quis então ligar-lhe, mas conteve-se, e conteve-se ainda mais e tornou-se a conter. Ela queria a sua voz a percorrer-lhe o corpo, queria-o tão simplesmente, tão simplesmente como um barco ao vento.
Ela queria… ela sempre quis.