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asa de papel com chá

Apago as estrelas, já tão amarrotadas pelo traço da ilusão e no caminho da solidão, visto um pijama céu de jasmim. A minha vida é um desenho diluído em chá. Bebes? 

23.10.05

12:51 - Deixas-me ser o teu barco? E se eu me casar contigo, deixas?

Joan Miró. Siesta. 1925.
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18.10.05

14:09 - O marinheiro

Hiroshi Sugimoto. North Pacific Ocean (Sug-420). 1994
dk
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O ouvido que se afaga junto do peito descompassado. A mão que adormece sobre o sexo cansado. As bocas pousadas no sabor de mil beijos partilhados. As línguas quentes, os olhos húmidos, as mãos, hesitantes num corpo perdido de tudo, num corpo vazio de nada. O cheiro, o calor, o repouso da pele gasta. As palavras; parcas, doídas. – Amo-te. Amo-te. Amo-te. – O sono, a paz, a entrega nos braços da noite. – Dorme bem meu amor. Dorme bem... – O sonho. O barco. Um mar revolto de segredos e medos. O marinheiro de tez morena e olhar convulso. O marinheiro... – Bom dia meu amor. – E uma luz ténue sobre os corpos. – Bom dia meu amor.

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10.10.05

17:38 - Hoje ele é mar e engole-a.

Marc Chagall. Blaue Landschaft. 1949.
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Abraçou-o muito, com muita força e fizeram amor. Um amor muito estranho, um amor de mãos. Hoje ela não percebe o que lhe aconteceu, hoje ela quere-o de volta, quere-o com muita força, quere-o sempre com muita força. Hoje ela não existe, não sabe quem é, hoje ela perdeu-se de si. Faz parte de um corpo estranho, passeia-se pelos meandros de um coração sem cor e na procura de um trono faz amor, uma vez mais e mais uma e mais uma, sempre com as mãos, sempre com o desejo atado ao céu e a carne nua imersa em mar, sempre com as mãos. Hoje ela chama-se mulher e é volúpia e é sonho. Hoje ela beija-lhe os pés enquanto ele lhe desenha o corpo, enquanto ele com os seus olhos o adora e com as suas mãos o esculpe uma vez mais e mais uma e mais uma. Hoje ela é perfeita e é terra. Hoje ele é mar e engole-a.

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6.10.05

13:51 - Sou uma rua

Antonio Saura. Desnudo.


A vida percorre-me de medos. Percorre-me... Gasta-me os paralelos, entope-me as sarjetas, suja-me de lixo que ninguém vê e só eu sinto. Sou uma rua. Uma rua velha, dura, nua e crua. Quantas vezes usei eu, o dura, nua e crua?! Estou a ficar velha, repetitiva, cansada. Tremo! Tenho Alzheimer. Talvez Parkinson. Sou uma rua velha e suja que também treme. Um dia, quando já não for velha, contrato um advogado, abro um processo contra a vida e torno-me velha outra vez, outra vez com o sorriso que não me dão. Estou cansada. A vida percorre-me de medos. Gasta-me os paralelos, entope-me as sarjetas, suja-me de lixo que ninguém vê e só eu sinto. Sou uma rua. Uma rua velha, dura, nua e crua.
Estou velha...

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