Vagueio e vagabundeio-me, sem razão nem sorriso. Deixo-me perturbar pelos zunidos da solidão, ecos de fantasmas doces que me perturbam a alma, ecos de um ti ainda vivo. Limito-me a respirar, angustiada, exasperada. E a solidão... Sempre! Traz-me notícias tuas, eu sei, por isso tapo os ouvidos, por isso escondo-me por entre entranhas de mim, por isso não te reconheço as cores nem as caras, demasiado confusas, demasiado escuras. Por isso adormeço-me triste, desfeita em lágrimas-sonho, desfeita em azul salgado. Por isso já não sou, não existo. Perco-me na penumbra dos sentidos e tapo só os ouvidos. Estou tão cansada, meu amor, tão cansada...
30.11.05
01:13 - E a solidão... Sempre!
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