Raymond Peynet
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Lembro-me das tuas mãos se passearem ao vento quando me sorrias e de um corpo todo que murmurava sonhos e me beijava as palavras. Lembro-me das tardes ensolaradas, onde os lábios se tocavam ainda a medo e as mãos não sabiam de cor o caminho. Meu amor – dizia-te com os olhos de outra cor e a voz de outro sabor – as estrelas são pintadas de azul.
Um dia, de muitos dias, olhaste-me ternamente os olhos de uma outra forma e perguntaste se queria casar contigo. Era verão e o calor fazia respirar alcatrão. Hoje eu sei que te diluíste em chá de Outono e foste com o vento, mas não sei para onde. Eternamente poeta e astro, perdi-te no tempo. Um abraço do tamanho do mundo.
um dia depois de vários dias, um começo em qualquer outra parte...
beijos
Foi algo assim que me aconteceu com o Afonso.
Mas no coração dele uma montanha de mágoas que não consigo explicar ou entender...
Só hoje é que realizei que já devias ter voltado e como seria de esperar : Excelente.