Angela Olguin. Yellow Woman.
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Há muitos anos atrás, a mulher amarela que era ainda a menina amarela, foi ao zoomarine. Na entrada quiseram pousar sobre o seu ombro um papagaio gigante de muitas cores, como são todos os papagaios, mas a menina amarela teve muito medo e não quis. Depois a menina amarela teve medo das focas que davam beijinhos e de todos os animais que faziam coisas estranhas e falavam com ela outras línguas. A menina amarela era mesmo muito amarela e claro que na fotografia de família lá acabou por aparecer sem o papagaio ao ombro. Um dia a menina amarela cresceu e decidiu vingar esse fatídico dia. Já era então uma mulher, pesava 58 quilos e media um metro e sessenta e oito. Era Verão e a menina amarela estava muito bem disposta. Tinha ido ao circo e tomou uma decisão para toda a vida; tirar uma fotografia em cima da Nádia, “mulher elefanta” de grande pujança. Nem a fila interminável de crianças que se repartiam entre os póneis e a Nádia, nem o facto de terem sido preciso dois domadores a sentá-la em cima de tal monstruoso animal, a demoveram do seu intento. A menina amarela era agora uma mulher de coragem. Quando deixou a Nádia tinha as pernas a tremer e as bochechas rosadas. Na mão levava uma fotografia do momento, fotografia que guardou orgulhosa junto aquela outra.
Há muitos anos atrás, a mulher amarela que era ainda a menina amarela, foi ao zoomarine. Na entrada quiseram pousar sobre o seu ombro um papagaio gigante de muitas cores, como são todos os papagaios, mas a menina amarela teve muito medo e não quis. Depois a menina amarela teve medo das focas que davam beijinhos e de todos os animais que faziam coisas estranhas e falavam com ela outras línguas. A menina amarela era mesmo muito amarela e claro que na fotografia de família lá acabou por aparecer sem o papagaio ao ombro. Um dia a menina amarela cresceu e decidiu vingar esse fatídico dia. Já era então uma mulher, pesava 58 quilos e media um metro e sessenta e oito. Era Verão e a menina amarela estava muito bem disposta. Tinha ido ao circo e tomou uma decisão para toda a vida; tirar uma fotografia em cima da Nádia, “mulher elefanta” de grande pujança. Nem a fila interminável de crianças que se repartiam entre os póneis e a Nádia, nem o facto de terem sido preciso dois domadores a sentá-la em cima de tal monstruoso animal, a demoveram do seu intento. A menina amarela era agora uma mulher de coragem. Quando deixou a Nádia tinha as pernas a tremer e as bochechas rosadas. Na mão levava uma fotografia do momento, fotografia que guardou orgulhosa junto aquela outra.
Que bom que é poder dizer novamente como gosto deste cantinho.
A menina amarela teve muita coragem! É assim mesmo que se enfrentam os medos.
Está lindo, como sempre.
Beijinho com mel