– Faz-me só amor, peço-te. Percorre-me o corpo, adoça-mo. Quero ter-te em mim, sentir-te quente nos meus braços, sentir-te amargo. Percorre-me de ti, apossa-te de mim, do que me resta assim já morta. Toca-me com um dedo, germina-me. Fecha-me os olhos com saliva, prende-me a boca com mar, ata-me os braços de terra e enleia-te nas minhas pernas, transeuntes cansados. Cospe-me a alma, rasga-me o corpo, descobre-me os segredos e desata-me as lágrimas. Cobre-me de cor e diz-me baixinho: até sempre meu amor, até sempre. Olha-me a cantar, degola-me a sorrir. Gasta-me o corpo, mata-mo até ao fim.
– Meu amor, até sempre meu amor. Até sempre…
Uia! Eu sempre acreditei que o amor era um objeto cortante!
Beijo querida Agripina.
Muito bom, "Cospe-me a alma, rasga-me o corpo".
há dias em que escreves o que sinto, como aquele dia com sabor a ornatos violeta..
és uma miuda estranha e gosto disso.
nao me apeteceu fazer login por isso assino i.montalvao.
;)
matilde é um nome que te assenta bem ;) acho até que já to tinha dito. fico muito contente que apareças por aqui e que tragas uma lufada de ar fresco a esta casa :)
Agora temos é de esclarecer uma coisa, estranha?! ;)
estranhos somos todos e se não fossemos estranhos não andávamos de pé ;) (estou a brincar)
mas sabes, no fundo, bem lá no fundo, a estranheza não está no outro, mas sim na forma como reagimos ao outro e à sua manifestação enquanto pessoa.
O outro não é estranho, nós é que por alguam razão o estranhamos :)
bem, mas um dia conversamos melhor sobre isto e até já podia ser São João outra vez, não te parece?:)
beijinhos
Uma parede no meio do amor...talvez transparente... e a tua forma única de o dizer...
Bjs